A ARGILA E A ESCASSEZ DE SER

Embora diferentes das situações vividas por nossos antepassados, que presenciaram períodos de guerra e de pós-guerra, imigrações e dificuldades de um mundo sem o conforto que temos hoje, vivemos muitos momentos estressantes e de sofrimento, resultados de perdas reais. E mesmo com as condições atuais, que possibilitam uma existência mais tranquila, muitos mantêm um viver de escassez, estagnados e presos a um aprendizado, a um condicionamento que não condiz com a realidade em que hoje vivem.

Essa escassez pode ser financeira, afetiva, de sucesso e até da essência do ser – muito bem representada pela escultura metafórica “Sou tão você que sinto falta de mim mesmo”, do Kit 02 de “Argila: Espelho da Auto-Expressão”. Essa peça, com dois corpos grudados, representa alguém que não sabe de si ou sabe de si pelo outro. O posicionamento de uma das cabeças no chão simboliza desqualificação e o “não existir” pela sua presença e potencial.

      

O tema escassez pode também ser trabalhado de forma livre na argila por meio do método Argila: Espelho da Auto-Expressão. Por exemplo: muitas vezes o cliente não utiliza todo o montante de massa oferecido pelo terapeuta para essa atividade criativa. Pode alegar ser desperdício, sem perceber que a argila que considera excedente irá secar e, aí sim, será desperdiçada.

Outra situação que se pode criar é a necessidade do cliente de obter mais massa, seguida de uma pré-suposição de que não deve fazer essa solicitação ao profissional, uma vez que a quantidade oferecida deveria ser suficiente. São casos que demonstram formas diferentes de viver a escassez: um não arrisca fazer ou usar tudo o que possui e o outro não arrisca obter mais para satisfazer suas necessidades, mesmo tendo o material à sua disposição.

Isso deixa claro o quanto, muitas vezes, não expandimos e as possibilidades que estão em nossas mãos hoje. Vivemos a escassez do ter e ser e, o que nos impede de revelar o ser criativo que existe dentro de cada um.

Portanto, solte e libere a escassez de ser. Sem medo de perder, abra a mão para soltar o que ali está preso há muito tempo, libertando o que não cabe mais em seu viver e em suas escolhas. Só abrindo a mão e soltando é que terá possibilidade de buscar, pegar ou segurar demandas mais próximas daquilo que necessita para o seu existir deste momento. 

Permita-se ser apenas o SER que és, ou seja apenas ser você, diferenciado e solto, com um viver de abundância e muita prosperidade.