Feliz dia da criança liberta, ou da criança aprisionada?!

Chegou mais uma data comercial: o Dia da Criança. Porém, vamos falar da criança que habita em cada um de nós, dia a dia, 365 dias ao ano, por muitos anos. A criança é sinônimo de um ser que necessita de cuidados diferentes a cada faixa etária. Conforme ela se desenvolve e amadurece, a dependência diminui e consequentemente ela exercita cada vez mais seu potencial de autonomia.

O crescimento saudável evidencia o desenvolvimento e o fortalecimento da sua autoestima, que muito depende da qualidade das relações com seus cuidadores e também aspectos de sua individualidade.

A criança, por si só, é um ser genuíno, e tudo que vivencia gera aprendizados, que nada mais são do que um ensaio para sua vida adulta. Ou seja, há uma seriedade nas suas atividades lúdicas, ela levará tais experimentos para o mundo adulto, no futuro.

Entre os aspectos positivos da criança podemos citar: criatividade, originalidade, autenticidade, otimismo, perseverança, encantamento com suas descobertas, diversão, curiosidade, ludismo e alegria. Ela se arrisca para o novo, não tem tempo quente para brincar e se divertir, não deixa para amanhã para buscar as suas metas, não desiste do que deseja, é focada, recupera-se rapidamente e vibra com o novo.

As vezes, quando suas vivências são muito intensas e/ou muito rápidas e/ou muito cedo para seu sistema nervoso, estas poderão gerar sofrimentos que, por sua vez, podem chegar aos traumas e assim acompanhar o sujeito em sua vida. E para piorar, os aspectos positivos da criança são abafados, evidenciando o que a faz sofrer, e sua vida é permeada pelo medo que a imobiliza, a tristeza, a raiva, a ansiedade, a depressão e muitas outras sintomatologias.

Uma das inúmeras possibilidades de rever tais traumas é o trabalho da criança interior pelo método "Argila: Espelho da Auto-Expressão". Tendo como diferenciador a possibilidade de materializar o evento traumático pelas esculturas humanas, adultos e crianças do kit 04 "Argila: Espelho da Auto-Expressão", em que o sujeito elege uma escultura que represente seu adulto com os aspectos amadurecidos e outra escultura que represente a sua criança traumatizada. Após, é montada a cena da situação conflitante e traumática com a criança à frente do adulto, enfrentando a situação. Após, inverte a posição, o adulto passa à frente da criança para o enfrentamento e a proteção de sua criança. Na sequência, constrói frases para dizer para a sua criança, revendo, limpando e resignificando a situação de origem ou mesmo as crenças limitantes.

O trabalho segundo esta metodologia é um recurso maravilhoso que possibilita olhar fora o que o fazia sofrer interiormente, e pela remontagem da cena fornece a sensação de agora voltar a ter o controle da situação , podendo mudá-la no que ali esta concretizado pelas esculturas e após internalizar a nova experiência possibilitando ao cérebro um novo registro, assim, resignificando o velho e conhecido.

Dessa forma é possível reencontrar a criança interior, reeducando-a naquilo que se faz necessário, desde o acolhimento, até os limites firmes e coerentes, entendo o que lhe faz sofrer.

É uma chance de resgatar a criança interna ferida, libertando-a das amarras que tem vivido e permitindo que suas características positivas ressurjam e voltem a atuar como um dia enquanto ainda estavam presentes.

Cabe a cada pessoa a responsabilidade pelo que vier a escolher, soltar a criança de tal prisão ou mantê-la no sofrimento.

Está nas suas mãos!!!!!

O que você escolhe: liberdade ou aprisionamento para o seu viver?

Nos 365 dias de muitos anos viva com propriedade o seu ser. E que tudo de positivo da sua criança, naquilo que esteja nas suas mãos, possa emergir.

FELIZ DIA A DIA DA CRIANÇA!!!!